O álbum The Wall é um dos meus preferidos. Arriscaria mesmo dizer que não é um álbum, é o álbum. Toda a história que Roger Waters criou pode ser lida à luz de várias interpretações. Soube desta tour ao ler a crítica do concerto de Lisboa e rapidamente procurei as datas na Holanda e, face às três possibilidades, marquei bilhete para a primeira noite de espectáculos.
A organização holandesa foi exemplar e o facto de começar a minha apreciação por esse ponto deve-se ao facto de não estar habituado a comboios especiais fora de horas e a autocarros para levarem as pessoas de e para o local do concerto. No caso o Gelredome, estádio do Vitesse.
Quanto ao concerto propriamente dito, consistiu no desfilar das músicas do álbum, acompanhadas de um alucinante espectáculo cénico, desde filmes vários à épica construção do muro que dá o nome ao espectáculo, cuja simbologia se transpõe para a segunda parte do espectáculo, em que a banda e o artista se encontram barrados do público por ele.
Roger Waters começa a acusar um pouco a idade e faltou, nos instante iniciais, alguma energia que foi aparecendo com o decorrer do espectáculo.
No cômputo geral a noite foi muito satisfatória e demonstrou que algumas obras não estão destinadas a ficarem presas na época em que são feitas. Na plateia misturavam-se a geração dos 70 com os filhos e, acredito que, alguns netos!